"O narrador-ator que reina nesse espaço discursivo nem de longe corresponde ao sujeito, pilar da representação "especular" do real e caução da verossimilhança. O ator-narrador, aqui, é a máscara, essa persona falsa cuja mentira se revela como tal, promovendo a torção poética de que nos falava Fernando Pessoa: o nome em nome do qual presta testemunho - o
autor/persona/ator/máscara -, desfigurando para reconfigurá-lo, editando a si mesmo e aos
seus sentimentos e memórias para nos confundir e nos separar de nossas convicções naturalizantes e dessensibilizadoras (...)."
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