Tuesday 8 July 2008

Filtragens biopolíticas

segui a dica do carnet e fui ouvir na íntegra a conferência de mireille rosello, já mencionada neste blog, sobre um sujeito da vulnerabilidade. ótimo.
abaixo algumas notas.

a surveillance produz uma ontologia , um modo de pensar e estar no mundo.
baseado em três princípios

1 - há razão para se ter medo
2 - não resta ao cidadão a opção entre dois medos: um medo da direita - medo de quem vigiamos , daquele para são apontadas as câmeras - e um medo de esquerda - medo quem nos vigia, daquele que aponta a câmera para nós (aqui eu cruzo com o Virilio)
3 - o sentimento de insegurança é indesejável para o sujeito democrático.
e aqui o que mireille propõe é abdicar de tomar um partido na luta contra a insegurança x pela liberade individual

o olhar que faz de mim arquivo

diferença entre insegurança e sentimento de insegurança

raio de ação do olho eletrônico

na
cultura da inseguraça e não da cultura da insegurança

causa e feito da insegurança :
as câmeras causam inquietude e angústia - é a very presença das câmeras que faz com que se instaura o medo e o temer que haja algo a temer. (esta dimensão temerária da presenca das câmeras)

a presença da câmera não suscita simplesmente medo de ser vigiado, mas própria câmera cria medo. a camera cria o medo.
a hipotese de que deveríamos ter medo torna-se plausível pela presença da câmera.
as câmeras são uma forma de impolitesse.

a câmera no lembra como não nos olhamos, conclama a olhar aponta a falta que o olhar faz.

a vulnerabilidade é o que faz a sociedade. não o que a ameaça.

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