Na semana passada entendi que na CET RIO faz-se monitoração de fluxos, o que é diferente de buscar eventos. Desta forma, 4 funcionários por turno dão conta de 92 câmeras.
Obviamente não se trata de efetivamente vigiar o que acontece em cada uma das telas - não há nenhum tipo de 'inteligencia' no sistema, que é operado 100% por mão-de-obra humana - mas de fazer um sobrevôo no trânsito da cidade, observando seus pontos chave.
"isto é engenharia de trânsito, não é segurança. este número de pessoas atende aos objetivos do trabalho."
Muitas zonas cegas e a desatenção com relação ao particular corroboram a noção de que o engenheiro de trânsito não está em busca do pontual, mas dos grandes movimentos de circulação.
As 92 câmeras de monitoramento são do tipo PZT :
pan, tilt - movimentos no eixo vertical e horizontal - e o popular zoom.
"raramente operamos no modo zoom, que é utilizado só em casos extremos, por conta da invasão da privacidade."
Uma demonstração das capacidades do zoom me deu uma bela idéia para um curta metragem, com uma cara anos 70' meio porno, próximo projeto.
A 'mobilidade' das câmeras nos movimentos de varredura é uma caracteristica típica do monitoramento em contraste com a segurança, onde as cameras são fixas.
Câmeras de segurança são fixas exatamente porque nada deve escapar ao seu campo de visão - imagine se ela estiver olhando para o lado no momento do evento?
Seu projeto é recobrir todo o território sob controle, repressivamente e preventivamente.
Os aplicativos de inteligência (p. ex. reconhecimento facial ou deteccão de movimento) requerem câmera travada, pois o movimento 'confunde' a atual geração de máquinas que ainda não operam com pontos de tracking, coisa básica em efeitos especiais de cinema hoje em dia.
Isto também lembra dois textos de Oliver Sacks sobre certas habilidades cognitivas, no 'Antropólogo em Marte'.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
1 comment:
p
Post a Comment