Tuesday, 27 May 2008

o caminho

Texto do Andre Vitalis publicado no Le Monde discute o panorama da vigilância na França há 10 anos atrás. Reproduzo abaixo trecho onde ele distingue dois modos de operar dos sistemas de vídeo-vigilância. Preventivo e repressivo.

Several surveys of systems installed in public places in France were published in 1995. They suggest the need to distinguish between two functions of video surveillance. The first is preventative and involves establishing a condition that induces conformity to required behaviour patterns. The other is repressive, producing its effects only after undesirable behaviour has occurred.

Levallois-Perret, on the outskirts of Paris, has one of the highest concentrations of street cameras of any town in France. It is one of the most densely populated municipalities in Europe.







Fernanda Bruno aponta para uma terceira via de acesso para este universo de video-vigilancia, nem repressiva e nem preventiva, a qual eu compartilho em post anterior, e que tem a ver, para mim, com uma desintegração da narrativa (audiovisual enquanto cinema clássico narrativo) proporcionada pelo dado novo de imagens serem gravadas incessantemente sem a necessidade de um 'roteiro', um script, um plot ou mesmo um 'diretor' no sentido estrito da função técnica. (isto faz com que o espectador seja levado a ele mesmo ser o roteirista e montador das imagens as quais assiste, em telas multiplas e tempos concomitantes- ou não)

Seriam estas mesmas as imagens do cinema moderno de um Antonioni ou um Wenders, com seus tempos mortos e seus espaços vazios. Em Wenders, e contemporaneamente com os orientais, o espaço vazio (no caso italiano da guerra, da reconstrução, da fábrica e da obra) se faz o não-lugar: o aeroporto, a highway, o shopping center, o estacionamento.

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