a partir do coneco, duas questões fornecendo um de onde e um para onde:
1 - pensar uma imagem que não é organizada pela visão, mas produzida por um corpo.
(a mão que pinta em merleau-ponty; o action painting de pollock)
convocar os outros sentidos; falar de uma visualidade háptica, corpórea;
e assim problematizar a mecanização da visão e a produção de subjetividade a partir do ponto de vista;
2 - pensar a moldura , e não o "conteúdo" da imagem; a intensidade a partir da extensão; a materialidade da imagem; um primado da imanência e não da transcendência, etc e tal.
via:
simondon, deleuze, bergson, martins jay e heidegger, barthes, merleau ponty, entre outros.
névoa de nada
disse que sabe
tudo névoa nada.
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4 comments:
Do olhar como objeto a minúsculo:
VI- A esquize do olho e do olhar. p. 69-78.
VII- A anamorfose. p. 79-89.
VIII- A linha e a luz. p. 90-102.
IX- o que é um quadro?. p. 103-115.
pegar na maison seminarios livro XI
"Este desejo curioso e vão disfarça-se sob o nome de "conhecimento" e "ciência", Como nasce da paixão de conhecer tudo, é chamado nas divinas escrituras a concupiscência dos olhos, por serem estes os sentidos mais aptos para o conhecimento."
ele continua, mas paro por aqui. pag 254 da edição da Vozes das Confissões.
34. a sedução dos olhos
35. a curiosidade
Paola, cê citou uma fala muito bonita do John Cage, no Cinema Olympia, outro dia: "o silêncio não existe, pois sempre haverá os ruídos da sala de espetáculo, a respiração dos espectadores, as batidas do coração do músico.
por outra: se há ouvido, há som...".
Me deu a maior vontade de colocar essa fala no texto que estou escrevendo Imagens Habitáveis. Qual a referência dela?
Beijos.
querido, achei enfim, uma fonte segura sobre o john cage: está em "o som e o sentido", do josé miguel wisnik, um livro genial, se você ainda não tem adquira tb no natal.
Wisnik, José Miguel. O som e o sentido. São Paulo: Companhia das Letras: Círculo do Livro, 1989.
a primeira citação está na página 16:
"o som é presença e ausência, e está, por menos que isso apareça, permeado de silêncio. Há tantos ou mais silêncios quanto sons no som, e por isso se pode dizer, com John Cage, que nenhum som teme o silêncio que o extingue(1). Mas também, de maneira reversa, há sempre som dentro do silêncio: mesmo quando não ouvimos os barulhos do mundo, fechados numa cabine à prova de som, ouvimos o barulhismo do nosso próprio corpo produtor/ receptor de ruídos (refiro-me à experiência de John Cage, que se tornou a seu modo um marco na música contemporânea, e que diz que, isolados experimentalmente de todo ruído externo, escutamos no mínimo o som grave da nossa pulsação sangüínea e o agudo do nosso sistema nervoso)."
(1) cf. John Cage, De segunda a um ano (tradução de Rogerio Duprat) São Paulo, Huicitec, 1985, p. 98.
segunda passagem na pg 46-47:
"A famosa peça de John Cage, Tacet 4'33" (1952), junto com sua constatação do caráter ruidoso do silêncio, faz uma ponte com os lances de Satie. Um pianista em recital vai atacar a peça, mas fica com as mãos em suspenso sobre o teclado durante quatro minutos e trinta e três segundos; o público começa a se manifestar ruidosamente. Aqui também há um deslizamento da economia sonora do concerto, que sai de sua moldura, como uma máscara que deixa ver um vazio. A música, suspensa pelo intérprete, vira silêncio. O silêncio da platéia vira ruído. O ruído é o som: a música de um mundo em que a categoria da representação deixa de ser operante, para dar lugar a infinita repetição. Repetição do quê? Peças como essa não correspondem, evidentemente, à categoria usual de obra. Elas operam mais como uma marca, uma dobra sintomática e irrepetível, frisando enigmanticamente o campo da escuta possível, o campo daquele silêncio que pode ser ouvido por outro lado, "nas mutações fônicas imprevisíveis, oceânicas"...
ainda tem outras, mas paro por aqui.
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