Quando a fita começou, imagens acachapantes, em forma de nesga, vararam a tela. Que coisa.
Translumbrante imagem, cada plano uma poesia. De tirar o chapéu a intensidade da luz e da presença dos atores. Eduardo Nunes, um realizador em sua plenitude, tecendo o tempo como o Tarkovsky que tanto preza, nos fazendo lembrar de "Persona" e da aridez do pensamento, da solidão, do fazer cinema. PB rascante.
Se houver um porém ele virá do som, que não atinge a dimensão que a imagem alcança. Ainda que a projeção de ontem tenha sido prejudicada por uma má distribuição Dolby na sala, ficou claro o quão distante a trilha sonora está da mise-en-scène.
Se houver um segundo porém: as fusões, forçadas, desnecessárias, já que cada plano é soberano.
Mais não há. Grande filme. Orgulho dos meus amigos.
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