Hoje no sinal de trânsito em SP recebo o jornal SP Destak, distribuído gratuitamente, com uma manchete praticamente endereçada aos meus interesses.
Abaixo publico na íntegra a matéria.
PM Cria Central com 80 câmeras para combater a violência em SP
Meta é integrar sistemas da CET, do Metrô e da CPTM à sala de monitoramento até 2011
“A policia militar inaugurou ontem o sistema de videomonitoramento da capital, que, inicialmente possui 80 câmeras localizadas em áreas com elevada ocorrência de crimes. A meta é chegar a 100 até setembro e a 200 em 2009.
Ao sistema, informa a corporação, serão integradas as imagens captadas pelas 35 câmeras da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Até 2011, a policia quer contar com a rede de monitoramento mantida pela CET, DER, SPTrans, Metrô e CPTM.
Por razões de segurança, a PM não divulga a localização de todas as câmeras, que giram 360 graus e tem um alcance de 600 metros.
As imagens são transmitidas por sinais de rádio à central, de onde os policiais podem acionar a viatura mais próxima a uma ocorrência.
No total, o sistema custou pouco mais de 6 milhões.
Durante a fase de testes o monitoramento já se demonstrou eficaz: uma tentativa de roubo aos fios foi flagrada na Avenida Tiradentes.”
Uma análise simplista talvez, mas é o que penso e posso aqui:
O fato de o local das câmeras não ser revelado por “uma questão de segurança” vai contra um dos princípios básicos da lógica do controle, como analisada por Michel Foucault, que seria justamente o (re)conhecimento e a internalização da presença do olhar do vigia (ver: Vigiar e Punir) Através deste re-conhecimento se estabeleceria uma antecipação da vigilância, e justamente por saber-se da presença das câmeras o vigiado não agiria como delinqüente. Em resumo: a vigilância operaria por antecipação, não por flagrante. (Volto aqui a idéia de 'imagem futura' versus ‘prova do crime’)
Nesta lógica da PM, deixa-se cometer o ato para prender, as câmeras são usadas não como preventivas, mas como repressivas.
Aguardando para visitar, acompanhando a mestra que me orienta, o sistema carioca, que trabalha com lógica semelhante.
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