"Quero evitar o repetitivo e o reconhecimento pela iteração. Porque esta vontade de se fazer reconhecer a qualquer preço? Todo mal ou parte dele vem daí. Há uma ligação diabólica entre o repetitivo e o reconhecível. O imitável é duas vezes feio, sobretudo em cinema, porque ele é assujeitado."
Em outro texto do Serres, que é sua tese de doutorado sobre Leibniz, ele traça um percurso muito interessante no que ele chama de "segmento semântico que vai da complicação a implicação" com o cuidado de não ir para o caminho natural que tende à aplicação.
Trazendo para nossa discussão de estética cinematográfica, estamos interessados não em filmes que precisam se ex-plicar, nem em maneiras de a-plicar métodos para fazer filmes, mas sim e sobretudo nos interessa im-plicar a audiência na experiência do filme, e deixar assim que a com-plicação, riqueza das dobras (en français plie, daí todas estas palavras derivadas), permaneça na obra.
A foto que segue não tem nada a ver não. É o vulcão Galeras que entrou em erupção na Colômbia. Gostei da sequência e pronto.
1 comment:
Acabei assistindo ao Sombras de Goya, na tentativa de ver o A Vida dos Outros. Esse filme alemão é um sucesso, tem lotado as salas e eu sempre tenho ficado de fora.
Beijos.
Um dia eu consigo.
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