Monday, 27 August 2007

meu corpo não é meu corpo



How happy is the blameless Vestal's lot!
The world forgetting, by the world forgot;
Eternal sunshine of the spotless mind!
Each pray'r accepted, and each wish resign'd.

"Temos consciência do ato sui generis pelo qual deixamos o presente para nos recolocar primeiramente no passado em geral, e depois numa certa região do passado: trabalho de tentativa, semelhante à busca do foco de uma máquina fotográfica."

Partindo do filme do Michel Gondry (que por sua vez toma emprestado seu título de um verso de Alexandre Pope, reproduzido na estrofe acima) e do texto do Bergson da sobrevivência das imagens, estou hoje tentando pensar a materialidade da memória; como dar corpo ao incorpóreo; como dividir - partager - share - a experiência individual da lembrança.

No filme, um procedimento possibilita criar um mapeamento cerebral de determinadas lembranças, feito com base em reações neurológicas do paciente exposto a determinados objetos associados às lembranças. Para apagá-las, basta apagar as rotas deste mapa; eliminar os circuitos criados por aquelas lembranças. O filme é genial e os pensamentos que alimenta idem. Depois por acaso - or by chance - assisti ao Scanner Darkly, que eu não sabia (talvez soubesse mas o acesso a esta lembrança não estava conscientemente ativo) mas é baseado em um livro do mesmo autor de Minority Report, Philipp Dick.

A pergunta que coloca este é: Pode um scanner apreender um pensamento? Um sentimento?


Mais tarde coloco algumas notas sobre.

Acima é o meu coração. (?)

1 comment:

Migliorin said...

O melhor início para qualquer coisa é com o coração!
beijos
Cezar